Pesquisa desenvolve chocolate feito à base de semente de cupuaçu, no AM

Projeto está em fase de elaboração pela empresa Capuama, em Careiro.
O CupuMax não possui em sua composição adição de cacau e cafeína.

 

 

Chocolate em barra está sendo feito a partir da amêndoa do cupuaçu em Careiro (Foto: Divulgação/Fapeam)

 

Um chocolate em barra feito a partir da amêndoa do cupuaçu está em fase de elaboração pela pequena empresa Cupuama, localizada no município de Careiro, a 86km de Manaus. O projeto de pesquisa conta com o apoio Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por meio do Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte na Modalidade Subvenção Econômica (Pappe Integração).

Segundo a coordenadora do projeto e empresária, Fátima Sales, o objetivo do trabalho é realizar a otimização do processo fermentativo das sementes de cupuaçu para melhoria da qualidade da 'torta' resultante do processo de extração de gordura de cupuaçu que será utilizada para produção do chocolate em barra.

 

 

CupuMax não possui em sua composição adição de cacau e cafeína (Foto: Divulgação/Fapeam)

 

 

"O processo de fabricação ocorre a partir da transformação das amêndoas de cupuaçu em um derivado com sabor, textura, odor e aparência semelhantes ao do chocolate em barra elaborado com cacau", explicou a coordenadora.

Com recursos da ordem de R$ 282,5 mil, será possível estudar três diferentes condições do processo de fermentação em relação à quantidade de polpa presente nas sementes a serem fermentadas. Além disso, será possível avaliar sensorialmente os produtos da fermentação para verificação do nível de aceitação e sabor próximo ao ideal.

O referido projeto é uma extensão da primeira inovação desenvolvida pela empresa, realizado com recursos do Pappe Subvenção, que trouxe ao mercado o cupulate, achocolatado feito a partir do cupuaçu. O CupuMax, nome dado ao produto, não possui em sua composição adição de cacau e cafeína, e tem sabor superior ao achocolatado de cacau. Fátima Sales também informou que o produto está em processo de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).